quarta-feira, 24 de abril de 2024

O hospital comprado por JHC e a difícil arte de dourar a pílula

JHC e Rodrigo Cunha. Ao fundo, antigo Hospital do Coração (Fotos: Reprodução)

Desde que anunciou a compra do antigo Hospital do Coração por R$ 266 milhões, o atual prefeito de Maceió João Henrique Caldas (PL) tem sido alvo – e com razão – de questionamento quanto ao negócio, essencialmente pelo montante pago, cujos recursos são oriundos de acordo de indenização entre o Município de Maceió e a Braskem, responsável pelo afundamento de solo e isolamento de cerca de 20% da área urbana da capital alagoana.

Durante depoimento à CPI da Braskem no Senado, o procurador-geral do Município de Maceió, João Luis Lobo Silva, relatou os valores recebidos da mineradora pela Prefeitura e pontuou o gasto com a aquisição da unidade hospitalar e ouviu, de pronto, do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, sobre como é um absurdo do valor pago pelo hospital.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Pesquisas sobre autodeclaração ideológica são só espumas

O que as pessoas entendem ser de direita ou de esquerda?


O IPEC divulgou pesquisa sobre autodeclaração ideológica e 11% disseram ser totalmente de esquerda; 24% totalmente de direita; e 20% de centro.

Quantas pessoas sabem ao certo o que defendem esses espectros políticos?

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Bolsonaro em Maceió e simplismo sobre sua aceitação na capital alagoana

Maceió foi taxada como "capital  mais bolsonarista do Nordeste" (Fotos: reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a Maceió, acompanhado de sua esposa Michelle, no final da manhã desta sexta-feira (5). Ainda na sexta, o ex-presidente inelegível, réu por fraude no sistema do SUS e investigado por tentativa de golpe de Estado, recebe (ou recebeu, depende de quando você lerá esse texto) título de cidadão honorário de Alagoas, aprovado pela Assembleia Legislativa ainda em 1º de dezembro de 2021. No sábado, o casal participa de evento do PL alagoano.

Evidentemente, ambos foram recebidos por muita gente. Menos que em outros tempos, mas, ainda sim, muita gente. E logo, nos perfis nas redes sociais de alagoanos começam as postagens de lambedura de feridas. “Capital mais fascista do Nordeste”; “cidade de gente reacionária”; “Só tem direita em Maceió”, e coisa do tipo.

Me desculpem quem pensa assim, mas esse é o pensamento fácil para explicar algo mais complexo. Maceió até pode ser tudo isso que os reclames das redes exaltam, mas esse segmento dos maceioenses não é maioria. E, sim, Bolsonaro venceu em Maceió nos dois turnos da eleição presidencial de 2022. Em 2018, ficou atrás de Marina Silva, então do PV, no primeiro turno; e venceu Fernando Haddad (PT), no segundo.

quarta-feira, 13 de março de 2024

Cem novos IF’s e a “anti reunização” de volta em setores da esquerda

Lula durante anúncio dos 100 nos IF's e durante anúncio do REUNI (Fotos: Reprodução)


O presidente Lula anunciou a construção de 100 novos institutos federais no país. Em Alagoas, serão mais três nas cidades de Mata Grande, no Sertão; Girau do Ponciano, no Agreste; e em Maceió, capital do estado e que conta com cerca de 1/3 da população alagoana, que passará a contar com quatro unidades. 

Mas o que deveria ser comemorado, por essa iniciativa amplia o acesso ao ensino de qualidade – e público! –, para alguns do campo da esquerda foi tratado com algo quase (ou não) ruim.

“Ah, mas isso sem aquilo não presta”; “ah, mas e aquilo outro lá?”; “ah, mas aquele outro ponto que não foi abordado?”. Todas as falsas ponderações feitas, apesar de valerem o debate, não eliminam a importância desse anúncio: 100 novos institutos federais de ensino em todo o Brasil.

Como isso pode ser ruim e não ser celebrado?

terça-feira, 5 de março de 2024

Avaliar cenário eleitoral pelo viés de confirmação leva à derrota (às vezes, acachapante)


Este ano de 2024 é marcado pelas eleições municipais. Mais de 5 mil cidades brasileiras elegerão seus prefeitos e vereadores, numa corrida que já começou. Ou melhor, nunca parou. Explico: ganho ou perda de força política e/ou eleitoral é fruto de processo cumulativo, influenciado pelas ações diretas dos atores políticos para tentar moldar a conjuntura em seu favor.

Mas o que temos visto por aí, especialmente nas disputas das grandes cidades, são análises pelo viés de confirmação e com base de que “o povo acolherá meu discurso, minha posição política, minhas bandeiras”. Doce ilusão dado aos montes para mobilizar incautos ou, pior, para se automobilizar.

Candidaturas vitoriosas – especialmente, as majoritárias – são aquelas que se encaixam na conjuntura no momento eleitoral, dando aos eleitores médios aquilo que eles desejam como governantes. No caso deste ano, prefeitos.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Colocação da Beija-flor no Carnaval carioca e a rasa oposição em Maceió

JHC ignora problemas e torrou milhões com a Bejia-flor (Fotos: Reprodução e Secom)

A Beija-flor ficou em oitavo lugar nos desfiles de escola de samba do Rio de Janeiro. O resultado ruim virou motivo de críticas ao prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, por causa do milionário patrocínio dado pelo Município à Beija-flor  para que esta falasse sobre a capital alagoana.

“Olha lá, R$ 8 milhões, oitavo lugar”; “Dinheiro jogado fora com a Beija-flor em oitavo lugar”. Em resumo, esses foram aos argumentos mais usados após o resultado daquela competição no Rio de Janeiro.

Mas esse argumento é raso, superficial, algo típico em tempos de redes sociais.