terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sobre a desistência de Vilela



Foto: Sandro Lima - Tribuna Hoje

O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) anunciou ontem, 06, que não será mais candidato em outubro. Téo garantiu que termina seu mandato para que, segundo ele, garanta conquistas para o povo alagoano.

Com a desistência, deve começar uma guerra nos bastidores para conquistar o coração dos palacianos e ser o nome à sucessão do atual governador. José Thomaz Nonô (DEM), atual vice-governador, já disse que está disposto a passar pelo “julgamento social” das eleições.

Porém, como destacou Edberto Ticianeli em seu Blog, existe a possibilidade de que a desistência de Téo seja justamente pela vontade de Nonô em ser candidato. Se for assim, isso facilita a vida de Alexandre Toledo (PSB). Toledo sempre foi bastante próximo de Vilela. Além de também ser usineiro.

Toledo também foi secretário de saúde do governo tucano em Alagoas, hoje ele é deputado federal na vaga aberta pro Rui Palmeira (PSDB), atual prefeito de Maceió.

Outro fator que pode ter motivado Vilela a desistir de se candidatar e terminar seu mandato é a possibilidade de assumir uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Há quem diga que Renan Calheiros (PMDB) estaria envolvido nessa articulação. Se for, como fica a sucessão então? Renan diz que o PMDB é oposição ao atual governo; diz que o partido terá candidato, inclusive. Vilela apoiaria um nome da oposição para ir ao TCU?

Além do jogo do xadrez político, das peças do tabuleiro, há também as péssimas avaliações do atual governo. Principalmente nas áreas da educação, saúde e segurança. As mais importantes. E isso pode ter influenciado Vilela a não ser candidato. Vai saber.

Muita gente não acredita que o governador manterá sua palavra e realmente termine seu mandato. Téo faz política o tempo todo e, se a conjuntura mudar e ficar mais favorável, será que ele mantém a palavra? Temos até o final de março para descobrir.

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