domingo, 23 de setembro de 2012

PSDB é o partido caos

Em São Paulo somente neste ano, já ocorreram 69 incêndios em favelas, de 2005 pra cá, 849. Em Alagoas, temos o maior índice de mortes por cem mil habitantes do país. Maceió é capital mais violenta e a segunda cidade do estado, Arapiraca, está entre mais violentas do Brasil. Em ambos os casos, quem sofre são os mais pobres. Ao invés de políticas públicas para erradicar a pobreza, os dois estados governados pelo PSDB, erradicam os pobres, as pessoas pobres.

Com situações econômicas distintas, a forma dessa “higienização” varia. Conforme declaração de José Carlos de Freitas, promotor de Habitação e Urbanismo da cidade de São Paulo à CartaCapital nº 716 “a maioria dos incêndios ocorre em comunidades que estão no caminho de alguma obra pública ou um uma região de interesse do mercado imobiliário”. Estão fazendo churrasco de gente, literalmente.

Aqui em Alagoas, as coisas se dão com a ausência completa do Estado. Seja na educação com as escolas estaduais caindo aos pedaços, a Universidade estadual e o Instituto Médico Legal – IML em greve.

Enquanto o governador, em plena campanha eleitoral, inaugurava no último dia 22, 25km de rodovia que durou aproximadamente dois anos para ficarem prontos, depois da façanha de em 10 dias, replantar 09 hectares de mangue, conforme matéria do jornal Gazeta de Alagoas de 12 de setembro – exigência para a execução da obra na AL 101 sul – dezenas de famílias não conseguem enterrar seus mortos, vítimas de assassinatos por conta da situação precária do IML e os péssimos salários que levaram os médicos legistas a deflagrar greve, ou milhares de estudantes estão sem aulas. Seja na rede estudual de ensino básico, seja na Universidade Estadual - UNEAL.


Para construir a estrada que segundo o governo tucano de Alagoas vai levar desenvolvimento à região de veraneio das elites e da tradicional classe média, centenas de famílias da comunidade Jacaré tiveram que ser deslocadas, porém as obras das casas ainda não estão prontas. E se fossem as casa de veraneio na Barra de São Miguel?

Tudo pelo desenvolvimento. Inclusive se livrar de pobre.

O PSDB quando governava o Brasil promoveu o maior desmonte do Estado brasileiro. Com sua privataria não só entregou a preços abaixos dos das bananas ao setor privados estatais como a Vale do Rio Doce, as teles e parte da Petrobras, como ainda deu troco. O pagamento dos leilões foram feitos com dinheiro público, ou seja, nós pagamos para comprarem. É tão ridículo que é difícil entender. 

Diminuir o Estado em países com extrema desigualdade como era nosso caso nos anos 90, significa aumentar ainda mais tal característica. Lei do mercado = lei do mais forte.

Em Alagoas o primeiro ato do Téo ao ser eleito foi o decreto 3555/07 que retirou todos os direitos dos trabalhadores conquistados no governo anterior, tivemos aqui um greve geral.

Se não tem Estado regulando as contradições provocadas pela sociedade capitalista, intervindo para diminui-las, materializa-se o salve-se quem puder, materializa-se o caos.

É claro que em valendo a lei do mais forte pura e simplesmente, os mais ricos vão, em alguns casos literalmente, esmagar só mais pobres.

Conversando com uma liderança comunitária do bairro do Vergel, soube que antes de uma atividade campanha do candidato tucano à prefeitura de Maceió, imenso o aparato de segurança do Estado passara pelo bairro. “Tinham helicópteros, soldados armados com fuzil, não sei quantos carros. Pensei que estavam atrás de alguém, é comum esse tipo de operação quando se está 'à caça' de algum marginal, mas não era nada disso”.

Meia hora depois chegava a comitiva de Rui Palmeira. “Era só para garantir a segurança dele”, me disse indignado, “nosso dinheiro para a segurança do candidato tucano”.

Enquanto isso os pobres alagoanos morrem aos montes e esta situação parece não ter solução. Pelo menos não pelas mãos açucaradas do PSDB alagoano.

Em Alagoas e em São Paulo, sob a governança tucana, uma “higienização” ocorre nas periferias e favelas das capitais. É esse o choque de gestão e o jeito tucano de governar.


#VejaMente
Parece mais cantiga de grilo de tanto repeteco, mas não dá para não mostrar aqui mais um aprova do antijornalismo de Veja, a revista mais vendida no país e parte central da autoproclamada grande imprensa. Na edição da entrevista entrevista sem fita de Marcos Valério, uma nota afirmava que o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello redigindo um manisfesto em defesa dos réus do julgamento da Ação Penal 470, suposto “mensalão”. O jurista lançou nota desmentido a “revista”. Leia aqui

Outra desmentida foi a dos por vezes herói, por vezes vilão, Roberto Jeferson. Jeferson desmentiu a revista que teria dito que o próprio assumiu ter “vendido” o PTB para apoiar o primeiro governo do ex-presidente Lula. Leia aqui

Como já disse outras vezes, Veja não é mais uma revista, é uma coisa feita em papel couché.

Nenhum comentário: