segunda-feira, 23 de julho de 2012

O 'doce' gato por lebre do PSDB


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Já por várias vezes comentei aqui o quanto é nefasto para Alagoas a nossa situação de economia uníssona. Só temos a produção de cana-de-açúcar como indústria forte. Basta seguir de carro por nossas estradas. Nos dois lados da pista, apenas cana.

Toda essa concentração de poder econômico e político gerou um enorme disparate social em Alagoas. Temos os piores índices em qualquer área, do país. Nossas relações sócio-políticas são as mesmas do século XVIII.

Neste momento especifico voltamos a ter a unidade do poder político com o econômico. O governador Teotônio Vilela é usineiro, membro cativo da Cooperativa dos Usineiros, e governador do estado. Fernando Toledo, presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas também é usineiro.

No Poder Judiciário se olharmos os sobrenomes dos desembargadores, conta-se em uma mão quem não tem laços familiares com os usineiros alagoanos. E sobram dedos nessa conta.

A Cooperativa é ou não é o maior partido político de Alagoas? No Tribunal Eleitoral ela se apresenta como PSDB e DEM. Hoje, mais PSDB, é bem verdade.

A meta de nossa “doce” elite é voltar a fechar de fato a porteira por aqui. Por essa meta passa vencer em Maceió.


Se não obtiver êxito, em 2014 as coisas vão ficar feias pra “turminha” do açúcar.

Arrumaram no seu baú de coisa velha e estragada uma “casca” que, segundo eles, dá pra vender como coisa nova.

Esse é o perfil de seu candidato à prefeitura de Maceió, Rui Palmeira.

Rui só tem de novo sua idade. Até sua entrada para a política se deu por conta de seu pai, Guilherme Palmeira. Guilherme foi governador e senador. Sempre pelas forças conservadoras. Primeiro pela ARENA, partido da ditadura. Depois pelo PFL, hoje DEM e partido que era a ARENA.

Depois da rasteira que tomou dentro do PFL na disputa para vice de FHC, foi para os bastidores.

É bancado pela Cooperativa dos Usineiros. Representa o setor que é o centro da causa das mazelas de Alagoas.

O que tem de novo, nisso?

Jeferson Moraes, também tem o apoio da Cooperativa. Mas ele é secundário no projeto político das usinas.

É muito mais uma cartada do Nonô para não ser jogado pra escanteio em 2014 do que qualquer outra coisa. Além, é claro, de ajudar a evitar uma polarização entre as candidaturas de Ronaldo e Rui.

Algo que me parece que não vai dar certo.

Rui é tão ligado à Cooperativa que até a grande imprensa nacional o vincula dessa forma. Ele é praticamente polvilhado em açúcar. Leia mais aqui

Foi essa turma que faliu o Produban, banco estadual. Até hoje sofremos os reflexos das passagens açucaradas dessas figuras em nossas instituições. Aliás, sofremos pela permanência dessas figuras nas instituições.

O PSDB vende um verdadeiro gato por lebre e o pior é que tem gente que compra.

A nova Maceió que tanto fala Palmeira, só se em vez de cal, passarem açúcar nos meios-fios da cidade.

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